Lei dos Dois Pés
"Se você está em um lugar onde
não esteja nem contribuindo, nem
aprendendo, use os seus dois pés
e vá para um lugar onde esteja."
"Se você está em um lugar onde
não esteja nem contribuindo, nem
aprendendo, use os seus dois pés
e vá para um lugar onde esteja."
Nos dias
de hoje o que mais vemos são filósofos de FACEBOOK, é um tal de repassar
textos com conteúdo “supostamente” intelectualizados que na verdade não
acrescentam nada.
Seguindo
nesse pensamento me deparei com a “LEI DOS DOIS PÉS”, que está escrita acima, e
me faz pensar um pouco no que ela, de fato, diz e o que tem de relevante (Examinai
tudo retende o bem I Tessalonicenses 5 : 21).
Aparentemente
esse texto diz algo bom (tipo lição de moral), nos confronta sobre estar
constantemente contribuindo e aprendendo coisas, do contrario será melhor ir a
outro lugar. No que isso se aplica a nós como cristão membros uns dos outros e
membros da Igreja de Cristo?
O texto
não é reflexo da verdade, por alguns motivos que quero enumerar:
Em
primeiro lugar – É impossível, e seria loucura acharmos que fosse, o fato de “SEMPRE”
estarmos ensinando coisas e sendo ensinados todos os dias, todos os momentos,
em todas as ações, existem dias, momentos e ações que apenas fazemos coisas do
nosso cotidiano (tipo Stand-by), devemos sempre buscar nas pequenas coisas
lições e se possível acrescentar na vida das pessoas, mas nem sempre isso é possível.
Em segundo
lugar – Quem pode avaliar sinceramente quando não está contribuindo em nada e
não está aprendendo nada, é muito subjetivo, as vezes dormindo em casa num
sábado á tarde (havendo a possibilidade de fazer algo significativo),
aparentemente não estou fazendo nada, mas posso estar contribuindo
indiretamente para que outros vejam a importância de se fazer algo, ou a importância
de descansar, ou ainda, a falta que fiz por não estar fazendo determinada coisa,
eu poderia estar aprendendo as mesmas coisas que mencionei anteriormente, ou
seja, pura subjetividade.
Em terceiro
lugar – Há um erro crasso de português na frase, “e vá para um lugar onde esteja." Existe uma salada de tempos verbais, o
inicio da frase é “vá” (futuro) e o fim onde você esteja (presente do subjuntivo)
o correto seria “e vá para um lugar onde estará ...”, mas tudo bem, como
eu saberei se em um outro lugar eu vou “estar” contribuindo ou aprendendo? Quem
me garante que não vá “estar” na mesma situação, em outro lugar?
Em quarto lugar – Ainda que eu esteja em um lugar, e nesse
lugar não esteja contribuindo e aprendendo nada, porque não começar a
contribuir para o crescimento dos outros, e se de fato, não estou sendo
aprendendo nada, porque não “cobrar” esse ensino, e não buscar aprender mais.
Mas precisamos fazer uma analise critica dos fatos, se chegamos a esse
estagio de não contribuir e não aprender nada.
Há um problema que pode ser nosso, mas também pode ser do ambiente, no
caso em questão a Igreja.
No caso do problema estar em nós, podemos não estarmos dedicados a
ajudar e a contribuir com a Igreja e as pessoas, isso é perfeitamente possível e
também podemos estar tampando os ouvidos e conscientemente optando por não
aprender.
Mas pode ser que não estejamos contribuindo pelo fato da Igreja ou as
pessoas não quererem nos ouvir (como no exemplo anterior) e o fato de não
estarmos aprendendo é por falta de ensino e de exemplos mesmo.
Em um texto extremamente elucidativo sobre o tema “LIBERALISMO E FUNDAMENTALISMO”
do Rev Augustus Nicodemus ele disserta sobre a reação dos fundamentalistas saírem
das suas denominações históricas que outrora eram conservadoras, e agora
estavam adotando o Liberalismo e formarem as Suas denominações conservadoras.
Nessa dissertação o Rev diz olhar para essa atitude com uma mistura de
sentimentos, ele julga não ser a 1º alternativa a saída da Igreja*(liberal) e
diz caber aos que estão vendo o erro “brigarem” pela integridade da
denominação, mas também entende que é insustentável essa briga quando a direção da
Igreja (Pastores, Conselhos, Presbitérios) estão todos com o mesmo pensamento,
sendo então a ultima alternativa a mudança.(saída daIgreja)
Endosso o pensamento do Rev Augustus e nesse caso da “LEI DOS DOIS PÉS”
se aplica esse pensamento, ou seja, vale a pena avaliar se de fato estamos na
condição descrita na LEI, caso a conclusão seja que sim, ainda vale lutar,
persistir e exaurindo as possibilidade então “usar seus dois pés e ir para onde
“estará contribuindo e aprendendo”.
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