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sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Respeita Minha História

Existem alguns bonés sendo vendidos com algumas frases de efeito.
Uma delas é a de mencionei no título desse posto. "RESPEITA MINHA HISTÓRIA".
O engraçado, se não triste, é que esse boné, em geral, é usado por crianças ou adolescentes. 
Uma pessoa que passou por boa parte da vida, no alto dos seus 70, 80 anos dizer essa frase, até que poderia ter algum sentido, mas alguém que não viveu 20% de sua perspectiva de vida. Será que tem uma história robusta ao ponto de exigir que ela seja respeitada.
O conteúdo implícito na frase é maior do que o aparente. Não se trata de uma frase solta. 
Respeita nessa frase significa (tolere, aceite, não questione e, ou ainda, não teça opinião sobre minha vida e escolhas). 
Em geral, esses que exigem respeito à sua "história", invariavelmente são aqueles que não respeitam as histórias alheias. O teor da frase está ligado ao egocentrismo. Ao assumir esse aforismo, tem-se a noção de estar isento de crítica, acima de tudo, com uma história digna de ser contada, mantida e propagada.
Mas, na perspectiva da depravação total, a história humana é sempre triste, distante de Deus e desprezível. O homem sem Deus não tem do que se orgulhar, e aqueles que foram alcançados pela graça se envergonham de sua história pregressa, se tem orgulho de sua vida distante de Deus, não entendeu a perdição de que foi, ou deveria ter sido, salvo.
Se se orgulha e ufana pra si méritos por sua conversão, incide no mesmo erro anterior somente com a ênfase diferente. 
Só que então podemos nos orgulhar? Que "história" temos que exigir respeito?
O orgulho é a antessala da soberba, e é uma tarefa árdua se orgulhar de um feito, ato e situação sem trazer consigo o PECADO da soberba. 
O apóstolo Paulo lutava com essa perspectiva, vemos ele relegando seu conhecimento humano, suas experiência e seus feitos como escória diante da sublimidade da Glória de Deus. Mas também vemos se orgulhando por não ser pesado aos irmãos e por ter recebido revelações especiais diretamente de Cristo. 
Nessa seara, o melhor é fugir do orgulho humano, para não cair na tentação da soberba, semelhantemente, podemos louvar, engrandecer e dar honra à obra de Cristo. Ela é digna de admiração.
A nossa história, manchada pelo pecado, não é digna de se colocar em posição de exigir algo, muito menos respeito. 
Um pecador ARREPENDIDO se envergonha do pecado, não tem motivo para se orgulhar. 
A expressão do boné é na verdade uma vangloria.
Fiquemos com o ensino da Escrituras. Gálatas 6:14 Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.
 https://bibliajfa.com.br/app/ara/48N/6/14


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Muito se fala, a exaustão na minha humilde opinião, dos efeitos do envelhecimento. Ao romper a barreira invisível, por vezes não tanto, dos "ENTA" que inicia-se após os 39 e vai até os 99, vemos os efeitos das tantas primaveras no jardim da nossa existência. Rugas, calvície, cabelos brancos, entre outros efeitos visíveis. Não são poucos os que desesperadamente lutam contra essa realidade.
Mas o que mais me impacta e incomoda ao chegar a essa fase da vida, talvez a mais longa se vivermos até os 99, não são as rugas, calvície ou qualquer outro efeito visível do passar do tempo, o que mais me toca é uma percepção que tenho, que vou compartilhar aqui.
Aquilo que não se pode ver diante de um espelho, que está refletido no espelho da alma, isso é pra mim mais marcante do que qualquer ruga ou cicatriz. Ao chegar nessa fase dos "ENTA" o que vejo são as pessoas que crescemos admirando e aprendendo aos seus pés, que foram nossos referenciais e exemplos estão, um a um indo embora. Cumpriram sua carreira, estão voltando ao Pai. E nós que ficamos temos que se adaptar a viver sem esses referências ao nosso lado, e ainda, urge uma grande responsabilidade. Marcar, influenciar e ser relevante para as próximas gerações que tem em nós esse modelo referencial. Que dura constatação, uma música dos anos 80 dizia, "se meu filho não nasceu eu ainda sou o filho".
Nossos filhos já nasceram, e mais, estão caminhando a passos largos para a vida adulta. Não somos "somente" filhos agora, somos pais e alguns até já são avós.
Nessa abrupta transição, para a qual ninguém nasce preparado, estamos como os adolescentes que ora agem como adultos, ora como crianças.
Nos ora agimos como aqueles que esperam conselhos e auxílios dos mais velhos, ora somos os mais velhos que devemos ensinar e auxiliar.
As marcas que carregamos em nosso corpo são ínfimas em comparação às que carregamos internamente, em nossa alma, cabe a nós darmos tanta atenção, ou até maior, a nossa aparência interna quanto a externa.
Cabe a nós cuidarmos dos que dependem de nós, mesmo que sem a presença física dos nossos tutores e mestres, com seus exemplos e ensinos.
Que Deus, o Senhor das nossas vidas, nos conceda o privilégio de ser, nem que em menor escala, tão relevantes como aqueles que nos antecederam, que possamos ser lembrados daqui a muito tempo, não somente por nosso cabelo, pele ou aparência, mas principalmente, pelo nosso caráter, exemplo e piedade.
Essas são as minhas constatações, de alguém que está vivendo no período dos "ENTA".

Louvado seja Deus
Ezequiel Stefani da Silva