Pesquisar este blog

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Repostagem Facebook

Muito se fala, a exaustão na minha humilde opinião, dos efeitos do envelhecimento. Ao romper a barreira invisível, por vezes não tanto, dos "ENTA" que inicia-se após os 39 e vai até os 99, vemos os efeitos das tantas primaveras no jardim da nossa existência. Rugas, calvície, cabelos brancos, entre outros efeitos visíveis. Não são poucos os que desesperadamente lutam contra essa realidade.
Mas o que mais me impacta e incomoda ao chegar a essa fase da vida, talvez a mais longa se vivermos até os 99, não são as rugas, calvície ou qualquer outro efeito visível do passar do tempo, o que mais me toca é uma percepção que tenho, que vou compartilhar aqui.
Aquilo que não se pode ver diante de um espelho, que está refletido no espelho da alma, isso é pra mim mais marcante do que qualquer ruga ou cicatriz. Ao chegar nessa fase dos "ENTA" o que vejo são as pessoas que crescemos admirando e aprendendo aos seus pés, que foram nossos referenciais e exemplos estão, um a um indo embora. Cumpriram sua carreira, estão voltando ao Pai. E nós que ficamos temos que se adaptar a viver sem esses referências ao nosso lado, e ainda, urge uma grande responsabilidade. Marcar, influenciar e ser relevante para as próximas gerações que tem em nós esse modelo referencial. Que dura constatação, uma música dos anos 80 dizia, "se meu filho não nasceu eu ainda sou o filho".
Nossos filhos já nasceram, e mais, estão caminhando a passos largos para a vida adulta. Não somos "somente" filhos agora, somos pais e alguns até já são avós.
Nessa abrupta transição, para a qual ninguém nasce preparado, estamos como os adolescentes que ora agem como adultos, ora como crianças.
Nos ora agimos como aqueles que esperam conselhos e auxílios dos mais velhos, ora somos os mais velhos que devemos ensinar e auxiliar.
As marcas que carregamos em nosso corpo são ínfimas em comparação às que carregamos internamente, em nossa alma, cabe a nós darmos tanta atenção, ou até maior, a nossa aparência interna quanto a externa.
Cabe a nós cuidarmos dos que dependem de nós, mesmo que sem a presença física dos nossos tutores e mestres, com seus exemplos e ensinos.
Que Deus, o Senhor das nossas vidas, nos conceda o privilégio de ser, nem que em menor escala, tão relevantes como aqueles que nos antecederam, que possamos ser lembrados daqui a muito tempo, não somente por nosso cabelo, pele ou aparência, mas principalmente, pelo nosso caráter, exemplo e piedade.
Essas são as minhas constatações, de alguém que está vivendo no período dos "ENTA".

Louvado seja Deus
Ezequiel Stefani da Silva 

Nenhum comentário:

Postar um comentário