Em supermercados, órgãos públicos,
bancos e em outros recintos, existem filas e estacionamentos para idosos, deficientes, gestantes
e mães com crianças de colo.
Estava notando que existem locais
onde existem filas e vagas"preferenciais" e outros que existem filas e vagas"exclusivas", alguém pode dizer é a mesma coisa, só quem escreveu a
placa que uso uma ou outra palavras, devem ser sinônimas.
Será que são mesmo?, olha as definições
abaixo, vemos que:
Preferencial
pre.fe.ren.ci.al
adj m+f (preferência+al3) Em que há preferência; que tem condição de preferência
pre.fe.ren.ci.al
adj m+f (preferência+al3) Em que há preferência; que tem condição de preferência
Ação ou efeito de preferir uma
pessoa ou coisa a outra; predileção.
Manifestação de agrado, atenção ou
distinção relativamente a alguém.
Primazia; prioridade.
Exclusivo
ex.clu.si.vo
adj (excluso+ivo)
adj (excluso+ivo)
Que exclui; que tem força ou
direito para excluir.
Incompatível com outra coisa.
Especial, privativo,
restrito.
Diante das definições podemos
dizer que se há uma placa dizendo:
Fila preferencial para idosos,
etc. Se houver idosos
no recinto a preferencia é deles, mas caso não hajam idosos, essa fila pode ser
usada por quem não seja necessariamente seja idoso, mas ao chegar um idoso
deve-se "priorizar" o idoso.
Fila exclusiva para idosos, etc. O
atendimento só será feito para um idoso, se uma pessoa que não é idoso entrar
nessa fila ela não será atendida, não há obrigação nenhuma em atender alguém
que não se enquadre as especiações de exclusividade.
Há uma grande confusão quando não se entende a diferença entre
preferencial e exclusivo, por exemplo, algumas pessoas se irritam por verem
outras usando a fila preferencial, (que é possível seguindo o critério descrito
acima), outras por sua vez se irritam por não serem atendidas em uma fila
exclusiva.
De fato, preferencial ou exclusivo não é a mesma coisa, parecem
mas não são, no caso da preferencia há uma negociação, há variáveis, deve-se
entender as possibilidades, já na exclusividade ela é taxativa, irrevogável e
inegociável, gostaria de fazer um paralelo para a vida cristã e trazer esse
assunto para coisas na Igreja que são “preferencialmente” feita de determinada
forma, e outras que são “exclusivamente” feitas dessa forma.
Vivemos em uma sociedade em que a maior alegria das pessoas é
quebrar regras e absolutos, a VERDADE já não é absoluta, DEUS não é mais único,
tudo é relativo, tudo varia conforme o gosto do freguês se relativiza tudo, a
família não mais a união de um homem e uma mulher para perpetuarem a espécie,
chamam de família duas mulheres, dois homens, duas mulheres e um bebe, dois
homens e um bebe, ou ainda, duas mulheres e um homem, dois homens e uma mulher
as variações são infinitas e tudo isso é chamado de família.
Se esse problema fosse exclusividade da sociedade já seria um
problema, mas na Igreja também estamos passando por crises de identidade,
muitos assuntos estão sendo relativizados e o resultado é desastroso.
O que podemos dizer que existe na Igreja que é “preferencial” e o
que deve ser “exclusivo”.
A Liturgia, por exemplo, para alguns ela é 100% preferencial, ou
seja, atos litúrgicos devem ser preferencialmente feitos conforme mandam as
regras litúrgicas, mas podem-se abrir exceções para testemunhos, orações,
leituras, cânticos, etc
Eu estive na semana passada na Igreja dos meus pais (que foi a
minha da minha infância até os meus 18 anos), definitivamente lá em uma igreja
pentecostal, não existe liturgia, é como o programa que passava na BAND “É TUDO
IMPROVISO”...
Outros podem
dizer que tudo na liturgia é exclusivo, ou seja, não se pode deixar de ter o
ato de confissão, leitura responsiva, oração silente, cânticos de louvor, em
sua não pode mudar uma vírgula. Nesse exemplo da liturgia deve-se ter em mente
o conceito da preferencia, a liturgia existe por um motivo, deve usar dessa prerrogativa
e não assassinar o legado histórico, nas definições do dicionário para
preferencia há uma que se enquadra com esse assunto “atenção ou distinção relativamente a alguém, Primazia; prioridade”, não
sou contra adaptações na liturgia, nem sequer programações com as crianças em
datas especiais, mas se houver conflito entre a liturgia e outra programação a
liturgia é a “preferencia”.
E quanto as doutrinas?
Esse assunto infelizmente tem sido
esquecido por muitos cristãos, muitos não jugam mais importante as doutrinas,
que são o DNA da Igreja é o que nos difere, é o que nos une como Cristãos.
As doutrinas são e devem ser
motivo de honra, não podemos mudar ou aceitar qualquer mudança nos
ensinamentos, nesse caso uso a frase que aprendi no SEBARSP Seminário Batista
Regular de São Paulo, “NÃO
PODEMOS NEGOCIAR O INEGOCIAVEL”, ou seja, existem assuntos que são negociáveis,
como quais hinos ou “musicas” cantar no culto, programações, outras atividades,
mas quando o assunto é doutrina, não há a menor chance de negocio. É a fila
exclusiva, exclusividade de DEUS que não divide a gloria d’ELE com ninguém, que
DETERMINA, não sonha, que é TODO PODEROSO e não fica mendigando atenção.
NOVA ODESSA, 15/05/2015 – 17:17.